quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Uma questão de amor: Do Direito a Música!

Cheguei em casa, após um poket show (não menosprezando a banda, mas sim o local) e algumas biritas com uma amigo na Augusta, liguei a TV na MTV e vi o inicio da reprise do VMB. Ok, respondi para mim, desliga a TV, porque o fim de noite pede uma seleção boa de The Mars Volta e um pouco de reflexão.
Quando escolhi o que faria da minha vida profissionalmente, as opiniões externas me influenciaram, visto que tinha apenas 17 anos, mas somado a isto, ouvi um sentimento tímido que florescia no meu coração e passei a entender que o que eu sentia por isso era algo que me faria um tanto maior do que acredito ser. Pois bem, escolhi o Direito. As primeiras perguntas que me vieram foi aquelas do tipo: Mas você acredita em Justiça?. Preferi ignorá-las, até entender filosoficamente o que significava e quando descobri a resposta, confesso que me decepcionei consideravelmente. Mas persisti por acreditar em vocação e que a resposta me viria detalhadamente explicada posteriormente. Pois bem, ela veio e um belo dia me apaixonei pelo que faço e não há nada que faça esmorecer  a crença que tenho no meu trabalho, nem mesmo as piores conclusões insistentes em degradar o que eu faço no cotidiano profissional. Fato, a degradação vem dos ignorantes ou daqueles que, ainda, não se encontraram.
Contudo, a escolha, por ora correta, não me traz o esperado por todo recém formado, qual seja a grana. Só que eu não consigo desacreditar e desanimar, porque o amor se faz presente em folha por folha lida, história por história contada e em decisão por decisão tomada.
A expectativa de um futuro promissor inicia no quanto você acredita naquilo que escolheu para si.
De outro lado, tenho inúmeras paixões que despertaram concomitantemente com a acima descrita, e uma delas se revela na música. Não possuo o conhecimento técnico e tampouco aptidão para tê-lo. Todavia, a sinto, e isso me vêm de uma maneira tão límpida, que a faz um dos amores mais sinceros.
Pouco importa a classificação, pois para alguns o clichê e popular é suficiente, enquanto que para outros o antigo e nostálgico se mostra mais honesto. Entretanto, ela aproxima toda a loucura do real e todos os tipos de pessoa a uma uníssona identificação.
De fato, o que me preocupa é o quanto as músicas atuais possuem a capacidade de perpetuar uma época vivida pelos seus amantes, visto os tempos em que o bom músico subestima o seu potencial em prol da grana e da popularidade e se convence em proporcionar o necessário ao convencimento de poucos, enquanto poderia oferecer o melhor som de todos os tempos, o qual satisfaria os bons ouvintes e, consequentemente, o seu ego, até porque vaidade é bom e não faz mal quando moderada.
 A boa música não surge de uma banda montada, produzida e os car@#&* todos, mas sim daquilo que vem da afinidade de uma banda, da identificação entre seus integrantes e, por óbvio do coração que passa a ser um só.  A natural evolução disso, por mais que demore (e quem disse que perseverar não é válido) é o reconhecimento financeiro.
Bom, analisando tudo, talvez o caminho do sucesso consiste na paciência e o segredo,atualmente, está em visualizar os passos de trás para frente, uma vez que o sucesso é conseqüência de uma bom trabalho e não ao contrário (em outras épocas, o que estou dizendo seria a ordem natural).
Enfim, relendo esse último parágrafo, amanhã, talvez, eu não o explique, mas hoje faz todo o sentido.
E continuo dizendo que eu acredito nas pessoas que surgem do nada e transpiram boa vontade pelos poros, esses sim serão dignos da vitória que sabe se Deus se virá, contudo, se assim não for, se bastaram do bom sentimento, e isso de algo valerá.