domingo, 3 de abril de 2011

Um encontro em meio a tantos planos

A estação mudou, os dias passaram, o frio bate a janela e nesse inverno não abro mão do meu presente de verão.
Entre tantas escolhas, mudanças e planos, algo não planejado aconteceu: eu encontrei uma pessoa só para mim, a qual eu achava que encontraria, mas não enxergava em minha vida tão cedo. Quando constatei o amor, inevitavelmente, lembrei de um dos textos postados aqui e da seguinte frase: “Agora vem a parte mais difícil de todas, com a qual eu lutei e relutei por muito tempo, dizem que o primeiro passo é assumir, então lá vai: eu sou romântica, acredito no amor e até acho que há uma pessoa só para mim.
Assim, notei que o primeiro passo era assumir, limpar os resquícios do coração e deixar o verão se aproximar despretensiosamente, ele se aproximou, encantou e ganhou o meu coração.
 Não desejo transcrever declarações apaixonadas de uma pessoa que por 3 meses forma um casal, pois estas eu deixo para dizer diretamente a quem interessa. A pretensão é informar que um vendaval passou pela vida, as mutações são lentas, mas constantes e aparecem em pequenas atitudes que quando analisadas de perto se tornam gigantescas.
Aquele “lenga lenga” de que as prioridades mudaram, se aplica por aqui, o foco é outro e o medo de errar é latente, pois um tropeço refletirá em um atraso na escolha de vida (nessa hora imagino uma queda da escada). Pois é, nunca me enxerguei organizada e com os eventos minimamente planejados, na verdade não aprendi a utilizar uma agenda e confesso ter determinado receio dela me escravizar, porém, as buscas pretensas se encontram em um emaranhado de idéias e todas desembocam na palavra programação.
Eis o novo desafio,  fazer algo que não se gosta por um bem maior. Todavia, nessas horas lembro-me da minha mãe dizendo: Quem disse que nessa vida se fará tudo o que mais gosta?
Entre o paradoxo do desejar e do ter que fazer caminham os meus dias, me localizar no tempo e notar que estamos no mês 04 de 12, me causa borbulhas no estômago, pois o que almejo pode estar perto, mas também pode me frustrar e nessa hora, caso isso aconteça, começarei outra batalha, assumir que errei, perdi, e deverei adotar a persistência como lema.
Encontrei mais um palavra de ordem, sendo assim, a programação associarei a persistência e do fundo da alma, espero que o resultado seja tão exato quanto um cálculo matemático, isto é, a realização de um etapa importante da vida.
Aí! Nada dói, mas preciso respirar, parar e retornar ao foco, porque nesse momento não encontro espaço e tampouco tempo para as aspirações futuras.
Em meio a tanta divagação, retornarei.  
O que me conforta de tudo isso é que não estou mais sozinha (afetivamente), há um alguém para me lembrar todos os dias o quanto vale a pena tudo isso, para impulsionar as atitudes rumo a um sonho e, principalmente, para sonhar comigo e planejar tudo o que eu nunca havia sequer imaginado.

“Ainda bem que você vive comigo.”