segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Um segredo entre eu e você!

A inspiração me abandonou nesta última semana. Por dias pensei em um bom tema a ser tratado em um novo texto, apesar das idéias latentes serem interessantes, achei por bem não as exporem no blog, visto que faziam parte daquele lado pessoal, do qual sentia (sinto) vergonha ao conversar até mesmo com o amigo mais amigos de todos. É um condensado de timidez com a convicção de se tratar de mais um assunto mesquinho que não merece tanta demanda.


Contudo, um belo dia pulou na tela do meu Twitter um link de um texto, acompanhado de uma boa indicação (infelizmente não me lembro do autor e nem mesmo desse link), o que me fez clicá-lo e, como uma mágica, vislumbrar todas as respostas para a minha descompensação. O escrito ali tratava do amor entre sexos opostos e, dizia, resumidamente, que não devemos sentir vergonha de um sentimento tão nobre e pouco praticado por grande parte da sociedade que preferiu entregar-se a toda “putaria” por aí vista como algo normal. Não estou tratando da “putaria” que envolve sexo, mas sim daquela em que as pessoas se contentam em atracar-se com pessoas desconhecidas, em sair para a balada com o único propósito de contabilizar a pegação, bem como todas as outras formas banais de se envolver com outra pessoa.

Pois bem, nesse fim de semana visitei intensificadamente todos os locais que freqüento habitualmente, porém, não consumi nada alcoólico e foi exatamente aí que deu problema. Já sou uma pessoa observadora, mas nesses eventos passei a analisar até a alma dos que estavam a minha volta e percebi o quanto as pessoas se maquiam na hora da conquista, elas figuram de putas a lésbicas (ou cafajestes e fofos) em questão de segundos, quando na verdade o maior álibi se encontra em gestos sutis, todavia, notados e praticados pela minoria que, ainda, se entrega ao romantismo.

Não bastasse isso, me decepcionei ao lembrar que, infelizmente, protagonizei cenas como essas sem sequer me identificar com a situação, mas sim por ansiar ter alguém.

Assim, passada a fase da adolescência e por acreditar piamente que quero ser alguém, ou melhor, quero ser uma Lidiane melhor, coloquei em meu coração (porque ele existe) que não participarei disso e, se for preciso, me entregarei as mais antigas técnicas, condizentes com as da época dos nossos pais, no entanto, não compactuarei mais com a banalização do amor, até por que a minha natureza não se identifica em nada com ela.

Agora vem a parte mais difícil de todas, com a qual eu lutei e relutei por muito tempo, dizem que o primeiro passo é assumir, então lá vai: eu sou romântica, acredito no amor e até acho que há uma pessoa só para mim.

Uma confissão não muito satisfatória, mas que eu espero que soe como um segredo entre eu e você!

domingo, 22 de agosto de 2010

Um convite a viver incansavelmente

Chegar em casa inspirada, após duas madrugadas, me remete ao EU que há muito se escondia, razão pela qual sinto necessidade de expressar o quão sou realizada por ter pessoas especiais e queridas que se mostram mais ao passar dos dias e por aquelas que sequer me lembro o nome, porém, por algum motivo se aproximaram para acrescentar as idéias questionada nos últimos tempos.


Hoje me apaixonei por alguém, qualquer aí, que provavelmente eu não verei mais. Em épocas de sensibilidade tudo se torna uma questão de amor ou ódio. Contudo, idéias e amores pertinentes me atraem. Olhar para uma pessoa que não possuo qualquer afinidade e iniciar uma conversa sem muito rumo, me fez perceber que aquilo que eu acredito permanece latejante nas mentes perdidas, tornando-me menos subliminar, tal conversa condiz à política, música e até mesmo religiosidade.

As experiências alheias me atraem, pois sou uma pessoa curiosa que me alimento das opiniões pessoais, até mesmo de pessoas desconhecidas.

A esperança persiste em (quase) todos os corações, mesmo ante toda a complexidade debruçada no cotidiano de cada qual, e isso me faz acreditar que mesmo com todas as adversidades impostas, seja lá pelo motivo que for, ainda existe o império do amor e da verdade. Tudo bem! Isso condiz com o avesso do escrito anteriormente, mas relevarei, porque algo me mostrou, através das pessoas, que há algo maior que eu mereço observar e acreditar.

Seja pela música, pela política ou por qualquer motivo, ainda consigo manter um vínculo com muitos e me vejo refletida nas esperanças de cada crença pessoal . É como uma dose de ânimo que remeterá a alegria do dia seguinte, o que me faz dar um suspiro de alívio.

De fato, após álcool, alegrias e uma dose elevada de adrenalina, eu não deva estar tratando de algo conciso e pertinente, entendível por vocês caros e raros leitores, mas aos meus olhos e no meu coração eu entenderei o que eu quis dizer como um grito ou um desabafo sussurrado, transmitido por meras palavras transcritas acompanhadas de uma coca cola borbulhante (ouço o barulho dela) e a respiração de um amigo querido que dorme ao lado da minha cama.

Embora deseje escrever o turbilhão de idéias que se passa pela minha cabeça, a claridade atravessa as frestas da janela, o cansaço me abate e um lugar aconchegante (graças a Deus) me convida a uma noite de sono, motivo este que me convence a cessar a loucura por hoje, seja ela pelo que foi intensamente vivido ou por mais uma experiência repassada neste mero texto.

Por fim, uma música acaba de repetir o que a alma incessantemente diz:

“Durma medo meu.”

terça-feira, 17 de agosto de 2010

As faces de uma mulher

Ao analisar meu arquivo pessoal, o qual engloba textos, músicas, fotos, diários e objetos de recordações, me deparei com a mudança de parte da minha personalidade. Encontro-me abandonando a menina e caminhando rumo à mulher.


Todavia, ante os últimos acontecimentos, passei a questionar qual o tipo de menina ou mulher que a sociedade deseja como padrão ideal?

Inicialmente, desejo explanar a minha opinião desde quando superei as crises da adolescência, essa historinha de padrão não se encaixa as pessoas que possuem uma rotina normal, cada qual possui uma característica peculiar e esta, providencialmente, servirá nas conquistas sentimentais. Sim, sentimentais, porque quem se importa com padrão é para agradar aos outros e, obviamente, do sexo oposto.

Quando as meninas se vestem de rosa, falam fininho e remetem todas as suas atitudes no que seu pai acharia, elas são taxadas de infantis. Há alguns ela agrada, principalmente àqueles que possuem espírito paternal e galanteador que necessitam ter seu ego enlevado. Aos outros irritam, pois esses desejam uma mulher com atitude.

Aí me vem essa mulher com atitude e independente, que geralmente, dirige bem, troca o chuveiro (quando necessário), gosta de futebol, fala palavrões, enfim, entende de assuntos predominantemente masculinos – ah, isso porque sabe-se lá quem os definiu como masculinos. Essa classe, aos olhos dos homens que, por sua vez, possuem características predominantemente femininas, ou seja, da fofoca, com certeza tecerão comentários do tipo: “Xiii, essa aí é lésbica”.

Partiremos para a temperança, isto é, a mulher que embora possua todas as características acima menciona, mantém as características naturalmente femininas, quais sejam, a carisma, simpatia, educação e delicadeza, ainda assim, portará um defeito que sobressairá aos olhos dos outros e será definida, no mínimo, como chata.

Por fim, inúmeras vezes questionei quem foram as infelizes que rasgaram (queimaram) o sutien e alcançaram a tal da independência. Em contrapartida, me dou tão bem com a minha e não desejo largá-la por nada, mesmo que existam pessoas predestinadas a questioná-la das formas mais baixas e ofensivas.

A questão não se limita as opiniões diversas, mas a forma como são expostas e o quão agressivas podem se mostrar.

Agradeço imensamente a Deus que me colocou em um lar, no qual eu encontrei uma mulher dessas tais independentes, que me educou e me formou igualzinha a ela, sem deixar que ninguém subestime a minha inteligência e me derrube na primeira batalha.

Aos que tentaram, eu deixo o recado que estou mais forte do que nunca e não por isso me assemelho a um homem, mas sim a uma pessoa perseverante.

Infelizmente, a quem se destina esse texto, ou seja, aqueles valentões, fortes ou mirrados, mas que se inflam com a sua verdade e se fartam na sua ignorância, não o lerá, porque o hábito da leitura não condiz com os seus costumes, ou mesmo que o possua, provavelmente, se limitará a página de esportes (sem nenhum preconceito, até porque as leio também.).

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Lá do baú das utopias

Nestes últimos tempos estou mais sensível que o normal, dizem que a tristeza nos deixa poético, talvez seja isso mesmo. O ser humano rumina suas maiores aflições e delas surgem belos pensamentos, os quais, provavelmente, não passariam em mente nos momentos de alegria sublime, até porque esses momentos não requerem muita reflexão, eles apenas requisitam desprendimento para se manifestar surpreendentemente e despretenciosamente, em resumo, de maneira simples que atinge os patamares da felicidade.
De fato, a vida é algo incomensurável, que não merece desídias pessoais e tampouco lamentações. Se for assim mesmo que funciona, eu me atrevo a questioná-la e reclamar dos últimos acontecimentos, por óbvio que não pretendo estagnar em reclamações, após essa fase chata vem à fase da busca incansável por soluções.
É frustrante observar a deturpação das opiniões, as achincalhações de pessoas acomodadas que não fazem o mínimo para mudar, mas ao receber toda e qualquer notícia não se furtam de atacar a primeira pedra. Não que eu seja um poço de compreensão e não pratique a maledicência, contudo, a diferença paira no grau de maldade que tal possui. Há quem sobreviva da desgraça alheia e, confesso, nunca me importei com esse tipo de gente, porque até então não havia atingido os meus. E sim, a partir do momento que meu umbigo entrou em jogo eu passei a reparar que o mundo não se resumia no meu quarto cor de rosa.
Observando com olhos de quem já passou da fase da indignação, constatei o quanto a falta de amor aumenta estratosfericamente e impacto disso. Ler notícias antigamente absurdas, hoje soa como algo surpreendente, mas que amanhã será superada por uma pior e assim os dias passam despercebidos porque ninguém possui tempo para deixar as obrigações que lhe cabem e lhe interessam, para se preocupar com o tal do “todo mundo”. Entretanto, passei a pensar que essa história se parece muito com os meus atuais dias, (ah, vou deixar para estudar amanhã e aí estudo a matéria de hoje e de amanhã. MENTIRA! Pois amanhã eu não estudarei e quando chegar próximo a prova eu me arrependerei de não ter estudado) logo, num futuro, não tão distante, me arrependerei de não ter feito algo, não ter prevenido o resultado trágico que posso vivenciar ou, pior, que meus filhos vivenciarão e acharão normal por não possuir parâmetros para julgar o que seria o correto ou, ao menos, o saudável.
Comentei que me atreveria a transcrever reclamações e que, ainda, não possuía as soluções. Pois é, aí está uma delas estampada, podendo continuar apenas em um arquivo pessoal, ali próximo do campo utópico que eu mantenho guardadinho. De outro lado, algo pungente me faz acreditar que as observarei com carinho e as terei como algo no mínimo plausível, portanto, dignas de pequenas atitudes que as combatam paliativamente. Ao menos, egoisticamente pensando, poderei me atrever a dizer que eu tentei e fiz o que foi possível como um ser humano que, ainda, acredito ser.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A confusão das idéias

Nesse exato instante sinto os efeitos da ferrugem guerriando com a vivacidade.

Não há tema específico a ser tratado e sequer um único assunto que eu gostaria de expor, pois são tantas inquietudes e angústias, não mais superadas com meras conversas - as quais não deixam de ser importantes -, que me deparo com o tempo em que enquanto a alma grita e pede mais, o fantasma da sensatez suplica incansavelmente por calma. 

São tantas idéias que não consigo ordená-las. Não me bastaram as boas músicas e um chá para aquecer o coração, acredito que a inspiração se debruçará brevemente na minha frente, bem como em um momento oportuno e, então, eu conseguirei transcrever aquilo que há tempos não me sinto capaz. 

Talvez a criação desse blog seja uma etapa de superação do que eu passei a duvidar.  

Despretensiosamente aqui escrevo com o único intuito de derramar as alegrias e amarguras cotidianas.