sexta-feira, 20 de maio de 2011

Um, outro ou todos os questionamentos

Eu sinto tanto medo de tudo que por vezes me perco e não encontro o medo que gerou todos os outros. Sei o que eu quero, o que eu não quero, o que me incomoda, porque eu quero tanto e até mesmo que o tanto é proporcional a contradição do que eu tinha por certo, mas que hoje eu não acho tão certo o que antes era tido assim. No bem da verdade prefiro filosofar sobre o certo e errado a encontrar os conceitos exatos e ser alguém estagnada.

Princípios e valores não mudam e se mudarem, aí está um bom motivo para uma releitura das últimas atitudes, pois o que não pode haver é falta de caráter e desvio de conduta, mas o erro despretensioso é perdoável e até mesmo importante para a ascensão pessoal. Nessa esteira, as mudanças de prioridades, gostos, pessoas do convívio e todas as outras coisas habituais, são inevitáveis. No início o desapego das lembranças se faz dolorido, mas depois vem o conforto de que o verdadeiro prevalecerá diante de todas controvérsias e o novo chegará de mancinho e conquistará todo o espaço que ficou vazio, de forma diferente, mas não menos importante.

Sobrou outro questionamento: qual o ponto para perceber o limite entre a mudança e a anulação pessoal. Se passar do ponto, pimba! Você se anulou, perdeu e sofrerá por isso. Se não chegar ao ponto você sempre se questionará se está próximo ou chegou e vc sequer notou. Mas nessa hora eu ouço o tic tac do relógio que soa como uma mensagem subliminar, dizendo que o tempo dirá se o questionamento foi válido ou não. Mais uma vez foi dada a largada e a ansiedade é a primeira nas pistas. Ta aí, queria ter aprendido a não ter medo de desagradar aos que eu amo e, bem provável, que por isso eu me apego a tantas cobranças, as quais eu criei e ninguém impôs.
É uma paranóia sem fim ... Ou melhor, o fim chega com o amanhecer, onde a alma pede para que se contemple o hoje, sem esperar colher no futuro coisas diferentes do que se semeou no presente ... Traz, ainda, a certeza de que o tempo lhe trará todas as respostas e a principal delas, como sempre, é que se algo foi feito de bom coração, naturalmente, sobreviverá ou se assim não for, restarão boas lembranças do que se foi e boas novas se farão presentes, porque, graças a Deus, o curso da vida não para.

Salvo engano, há textos similares a esse em que eu me conforto com o que foi escrito no último parágrafo, com isto chego a outros dois questionamentos: não mudei ou a essência continua a mesma?
 
Fica a dica...

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